O juiz Sérgio Moro disse que “provavelmente” caberá a ele a tarefa de fazer o juízo de valor sobre o envolvimento de membros do governo Jair Bolsonaro (PSL) em esquemas de corrupção.
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Em entrevista à Globo, no programa Fantástico, o rapaz da lava jato afirmou que não assumiria um papel de ministro da Justiça com risco de comprometer a biografia.
“Não é preciso esperar as cortes de justiça proferirem o julgamento”, avisou.
De acordo com o magistrado, Bolsonaro concordou que “ninguém” seria protegido em caso de corrupção no governo.
Entretanto, a reportagem do Fantástico — apresentada durante a entrevista — contraditoriamente mostrou que Moro passou a mão na cabeça do futuro chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ônyx Lorenzoni (DEM-RS).
Acusado de receber dinheiro de caixa 2 na campanha eleitoral, ônyx foi perdoado pelo juiz da lava jato porque ele [deputado] teria pedido desculpas e atuado a favor da aprovação de medidas anticorrupção no Congresso.
Em virtude da posição complacente de Moro, na semana passada do senador Roberto Requião (MDB-PR) apresentou projeto de lei no Senado — batizada Lei Ônyx Lorenzoni — que concede perdão judicial em caso de crimes eleitorais, contra a administração pública ou contra o sistema financeiro nacional, desde que demonstre “arrependimento, confesse o crime e peça perdão”.
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